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  • janeiro 20, 2024

Subea adverte tutores que o abandono de animais é crime e orienta população

Subea adverte tutores que o abandono de animais é crime e orienta população

A Subsecretaria do Bem-Estar Animal adverte os tutores de Campo Grande que o abandono de animais é considerado um crime. A Subea vem realizando diversas campanhas de conscientização. Conforme a pasta, em 2023 foram 213 denúncias realizadas por meio do canal Fala CG. Equipes de monitoramento do Bem-Estar Animal fizeram o acompanhamento dos casos.

Durante as abordagens, a equipe realiza avaliação física, vacinação, vermifugação e encaminhamento para castração dos animais, além de orientação dos tutores sobre o bem-estar dos animais e adequações necessárias para cumprir as cinco liberdades que o animal tem direito.

A subsecretária da Subea, Ana Luiza Lourenço, destaca que o trabalho realizado pela pasta é de orientação da população sobre as necessidades dos animais para resguardar o tutor de um possível encaminhamento para a delegacia especializada nesse tipo de crime. “Na maioria dos casos que atendemos, o animal não está em maus-tratos. Apenas uma orientação educativa se faz necessária”. Ainda segundo a subsecretária, em 2022, somente dezesseis denúncias foram encaminhadas para a delegacia especializada pelo não cumprimento das orientações.

Conforme a Subea, animais acorrentados e sem abrigo do tempo são os mais registrados pela equipe após denúncias. Um exemplo, foi durante uma visita a uma casa na região da Lagoa, onde a equipe foi recebida pelo tutor e constatou que um dos animais da residência estava acorrentado a árvore e outro animal menor conseguia passar pela grade do portão e ter acesso à rua. O tutor recebeu orientação sobre as boas maneiras de trato aos animais e foi dado um prazo de 15 dias para tomar as medidas indicadas.

Após a data determinada, a equipe retornou ao local e constatou que o tutor tomou as medidas orientadas.

A veterinária da Subea, Stéfanie Nantes, conta que práticas como essas são corriqueiras, mas na grande maioria não é identificada má-fé do tutor, mas sim uso de práticas antigas e não mais recomendadas aos animais. “Os tutores utilizam métodos antigos de contenção do animal, mas que hoje não são mais recomendadas. Então, uma simples orientação do que pode ser feito, já traz um benefício enorme para o animal”.

Denuncia falsa

A equipe de monitoramento da Subea indica que 90% das denúncias para a subsecretaria, são desentendimentos entre vizinhos onde não existem maus-tratos.

A subsecretária Ana Luiza ressalta que essas situações acabam atrapalhando o cronograma de trabalho e pede para que as denúncias sejam feitas somente quando, de fato, se constatar o abandono. “A equipe chega ao local e encontra o animal sadio, livre e em ambiente adequado. Isso gera custos desnecessários aos cofres públicos e, consequentemente, deixamos de atender alguma situação que realmente seja de maus-tratos”.

Em uma situação de abandono, na última terça-feira (15), foi denunciado na Delegacia de Polícia Civil, o caso de uma pessoa que abandonou um gato dentro da Unidade Básica de Atendimento da Subea, mesmo sendo alertada pela equipe de que ela estava cometendo um crime. O animal foi deixado com a pelve fraturada, coágulo na bexiga, alteração hepática e acabou não resistindo. Após o crime flagrado por diversas pessoas, o tutor será investigado.

Ainda sobre casos de abandono de animais e maus-tratos, mesmo com adesão ao Dezembro Verde e ampla divulgação de campanha educativa contra o abandono de pets e de animais, a Subea registrou um aumento de 10% nas denúncias, no mês de dezembro. Os casos de abandono possuem aumento de registros todo o fim de ano, e isso se deve ao período de festas e férias, onde muitos tutores viajam, saem de casa por vários dias e até cometem o abandono, deixando os animais em vias ou terrenos, fora os casos em que eles se assustam com fogos de artifício e acabam fugindo de casa.

A Subea vai permanecer com ações e orientações à população para que haja conscientização sobre o tema e que a prática do abandono seja extinta em Campo Grande.

Fonte: Prefeitura de Campo Grande – MS

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