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  • novembro 1, 2017

Ruiter deixa a marca do gestor preocupado com o semelhante

 Arquivo Diário/Anderson Gallo

Prefeito Ruiter Cunha de Oliveira, na madrugada desta quarta-feira (1º de novembro)

 

A vida segue, mas a tristeza vai ficar por muito tempo. Corumbá amanheceu diferente. No centro da cidade, no rádio, nas conversas de esquina, o assunto era o mesmo e o clima era de surpresa. O falecimento do prefeito Ruiter Cunha de Oliveira, na madrugada desta quarta-feira (1º de novembro) que estava no primeiro ano de seu terceiro mandato, deixou os corumbaenses, povo conhecido pela alegria, tristes.

No momento de grande ebulição do cenário político nacional, a tristeza da perda do prefeito Ruiter deu uma trégua e as pessoas se mostraram solidárias ao momento de dor dos familiares. Entre os que mais sentiram a perda do prefeito, estão os amigos. O radialista Jonas de Lima, amigo de mais de 4 décadas de Ruiter, optou por seguir em frente com sua missão de levar informação aos ouvintes da Rádio Fronteira. Na vida pública desde 1982, vereador por vários mandatos, Jonas conviveu com diversos prefeitos e se orgulha de ter sido amigo de Ruiter.

“Estou na vida pública desde 1982, fui vereador por quase 14 anos, mas mesmo quando não estava na Câmara tive a felicidade de conviver com vários outros prefeitos. Posso afirmar que o Ruiter é um dos que deixam no meu coração a marca do cidadão, do gestor, preocupado com o semelhante, de querer servir a sua cidade, sua terra, buscar projetos. Perdemos um gestor maravilhoso, administrador dos melhores que já tivemos e de um coração que eu não vou esquecer nunca. Não é porque Deus o levou que estou falando agora, tive a oportunidade de colocar isso pra ele, minha admiração, meu carinho por ele”, disse Jonas de Lima ao Diário Corumbaense.

 

Ricardo Albertoni

Abatido, radialista Jonas de Lima, amigo de mais de 4 décadas de Ruiter, optou por seguir em frente com sua missão de levar informação aos ouvintes da Rádio Fronteira

 

Vizinho do prefeito, os dois costumavam se encontrar frequentemente pela proximidade e foi durante um desses encontros que o prefeito havia manifestado a respeito da preocupação com a saúde.  “Tinha conversado com ele há algum tempo e ele já manifestava a necessidade de cuidados com sua saúde e já vinha se cuidando. Mas fica a nossa saudade, nossa lembrança e a certeza de que ele tem um lugarzinho ao lado de Deus pelo ser humano maravilhoso que sempre foi”, afirmou ao definir o amigo com versos de uma música do cantor Zeca Pagodinho:  “É ser humano, é ser humano;  que sabe chegar pra somar; não deixa a canoa virar; na hora que o tempo fechar; que tá pro que der e vier; é tema da minha canção; eu tenho esperança e fé; no ser humano”.

Logo nas primeiras horas da manhã, a população ainda tentava entender a situação. Muitos se mostraram preocupados com os familiares do prefeito, a esposa, filhos, a mãe e uma irmã, como o aposentado Ailton de Oliveira, de 71 anos, que ainda não sabia da morte do prefeito. “Sabia que ele tinha passado mal e havia sido transferido pra Campo Grande, estou sabendo agora que faleceu. Conheci o Ruiter há muito tempo, desde o primeiro mandato. Trabalhava com um amigo dele e fui apresentado pra ele. Sempre que nos encontrávamos, me tratava muito bem, mas enfim, a gente não pode fazer nada, somente orar por ele e para que Deus conforte os familiares”, disse.

 

 

Luciana Pessoa e a idosa Eulália Pessoa lamentaram a morte do prefeito

 

O ambulante Sebastião Mendes, de 51 anos, que desde às 06h já está em seu ponto localizado no Jardim da Independência vendendo lanches e o cafezinho para os que iniciam a jornada de trabalho mais cedo, disse que todos foram surpreendidos. “Acordo 5 horas e ouvi no rádio logo cedo. Pegou as pessoas de surpresa pela idade dele, a questão de estar iniciando um mandato. Posso falar por mim que sou ambulante, o Ruiter sempre foi um prefeito que olhou para os pequenos, é uma pena”, destacou.

Rosemil Cadete Leite, funcionário aposentado da Prefeitura de Corumbá lembrou  o carisma de Ruiter entre os eleitores. “Ele era um bom prefeito, estava no terceiro mandato e isso não  é a toa. Conheço o Ruiter desde criança, sou muito amigo da família, joguei bola com o pai dele. O duro é a idade dele, 53 anos, novo, com muita coisa pela frente, mas é uma fatalidade. A vida segue e que Deus dê conforto para os filhos, para a família”, afirmou.

Ao lado da mãe Eulália Pessoa, de 69 anos, Luciana Pessoa, de 29 anos também lamentou a morte do prefeito. “Votamos nele e estamos tristes em saber que ele não vai concluir o mandato. Foi uma triste surpresa, mas a morte é assim, quando a gente menos espera acontece”, concluiu.

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