The Weeknd anunciou nesta semana que não pretende utilizar seu nome artístico por muito tempo: lista com outros artistas que mudaram nome já conhecidos inclui Anitta, Ludmilla e Katy Perry
Por Maria Guimarães*
O cantor e compositor The Weeknd, dono dos hits “Blinding lights” e “Save your tears”, anunciou recentemente, em entrevista à “W Magazine”, que seu nome artístico está com os dias contados. Abel Makkonen Tesfaye, como foi batizado, disse que seu sexto álbum, que está em execução, talvez seja o último como The Weeknd.
“Está chegando uma hora em que estou me preparando para fechar o capítulo The Weeknd. Ainda farei música, talvez como Abel, talvez como The Weeknd. Mas eu ainda quero matar The Weeknd. E eu vou. Eventualmente. Estou definitivamente tentando mudar essa pele e renascer”, afirmou o artista à revista norte-americana.
Tesfaye não é o único que mudou o nome artístico já com a carreira em andamento. No mundo da música, escolher um novo nome pode representar desde a marcação de uma nova era na trajetória artística até uma manifestação política, como foi o caso de Prince. Confira abaixo 9 astros que mudaram seus nomes artísticos ao longo da carreira.
1. Anitta
Anitta — Foto: Reprodução/Instagram
No início da carreira, nos idos de 2010, Anitta fez seus primeiros shows sendo apresentada como MC Larissa, usando seu nome de batismo. Na época, ela fazia parte da Furacão 2000. Não demorou para ela adotar o Anitta, nome inspirado na série “Presenta de Anitta” (2001), da qual era fã. Em 2012, como MC Anitta, ela fez sua primeira participação na TV, no “TV Xuxa”. Logo depois ela se desfez do MC e passou a adotar apenas Anitta.
2. Baby do Brasil
Bernadete Dinorah de Carvalho Cidade, a Baby do Brasil, era conhecida como Baby Consuelo até 1994. Ela conta que a mudança veio após uma viagem a Santigo de Compostella, quando decidiu abandonar o nome Consuelo e escutou que não era Baby dos Estados Unidos, nem da Europa: era Baby do Brasil.
3. Gal Costa
Gal Costa — Foto: Reprodução
Em suas primeiras apresentações, Gal Costa se apresentava com seu nome de batismo, Maria da Graça Costa Penna Burgos. Entre os amigos era conhecida como Gracinha, Gaúcha (este apelido, dado por Gilberto Gil) ou apenas Gal. Foi o produtor Guilherme Araújo que a convenceu a mudar de nome, adotando o Gal, por ser mais feminino. Na época, Caetano Veloso foi contra a mudança por “Gal” lembrar a abreviação de general. Para ele, o nome Gal Costa o remetia ao General Costa e Silva, presidente do Brasil durante o regime militar.
4. Jorge Ben Jor
Jorge Ben Jor — Foto: Reprodução
Até 1986, Jorge Ben Jor assinou 22 discos como Jorge Ben. Em 1989, o artista mudou para Jorge Benjor, mas logo depois a grafia do nome foi modificada para Jorge Ben Jor, como é conhecido até hoje.
5. Kanye West
Por motivos pessoais, o rapper Kanye West mudou seu nome para Ye. Em 2018, o cantor lançou um álbum com esse nome. Ele afirmou que “ye” é o termo mais mencionado na Bíblia e significa “você”, em um linguajar mais arcaico — artisticamente, no entanto, o Ye não pegou, e ele continua sendo chamado no mundo artístico como Kanye West.
6. Katy Perry
Katy Perry — Foto: Gareth Cattermole / POOL / AFP
Katheryn Elizabeth Hudson, a Katy Perry, iniciou sua carreira artística como Katy Hudson. A mudança veio para que a artista não fosse confundida com a atriz Kate Hudson.
7. Ludmilla
A cantora e compositora Ludmilla iniciou sua carreira com o nome artístico MC Beyoncé, por ser fã da diva Beyoncé. A mudança para seu nome de nascença veio em 2014, com o lançamento de seu primeiro álbum, “Hoje”, por exigência da gravadora.
8. Naldo Benny
Naldo Benny — Foto: rep/ instagram
Em 2012, com o intuito de investir na carreira pop internacional, o até então MC Naldo mudou seu nome artístico para Naldo Benny. Além da sonoridade que, segundo o cantor, lembra os sobrenomes “gringos”, Benny em hebraico significa abençoado.
9. Prince
Em 1993, o cantor Prince causou polêmica em todo o mundo ao mudar seu nome para um símbolo impronunciável. A mudança foi resultado dos problemas que o artista enfrentou com a gravadora Warner, que transformou o nome em marca registrada e tirou do artista o direito por suas músicas.
Com o anúncio, a imprensa passou chamá-lo de “O artista antigamente conhecido como Prince”, e isso durou até o fim de 1999, quando seu contrato com a Warner finalmente expirou.
O símbolo foi entendido como um híbrido dos símbolos dos gêneros masculino e feminino, celebrando a androginia do astro, que morreu em 2016. O emblema já havia aparecido anteriormente, na capa do álbum “Love Symbol”, de 1992.
*Estagiária sob supervisão de Ana Carolina de Souza