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  • janeiro 12, 2018

Projeção de aumento no consumo de soja deixa produtores otimistas

Principal cliente de MS, China deve importar mais de 96 milhões de toneladas do grão.

Plantação de soja na cidade de Terenos (Foto: Marcos Ermínio)Plantação de soja na cidade de Terenos (Foto: Marcos Ermínio)

Projeções de aumento na importação de soja pela China e no consumo interno do grão deixam otimistas os produtores de Mato Grosso do Sul para a safra 2017/2018. O estado será o único no Brasil com aumento de produção este ano, devendo colher 8,7 milhões de toneladas segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

Luiz Gama, analista de economia do Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), afirma que o país asiático é o principal cliente do estado, sendo responsável por comprar 85% da soja sul-mato-grossense.

“Este ano a China deverá importar mais de 96 milhões de toneladas, pois ela está passando por uma transformação econômica. Houve aumento na renda das famílias daquele país. A soja e o milho compõem a ração principalmente de suínos, cujo rebanho por lá está maior”, explica.

O analista acrescenta que a oferta do grão no mundo também deverá ser maior, em razão do aumento de produção nos países produtores. Com a demanda aquecida, o preço deverá se manter no patamar atual, cerca de U$ 10 por bushel (27,215 kg).

Soja colhida em MS na safra passada; este ano a produção deve aumentar em Mato Grosso do Sul  segundo a Conab(Foto: Marcos Ermínio)Soja colhida em MS na safra passada; este ano a produção deve aumentar em Mato Grosso do Sul segundo a Conab(Foto: Marcos Ermínio)

Mercado – O aumento na mistura do biodiesel no Brasil também favorecerá o mercado da soja, já que o produto corresponde de 75% a 80% da matéria-prima usada na fabricação do combustível. “Será meio milhão de toneladas só para atender a essa demanda”, diz Gama.

O analista faz, contudo, um alerta para que os produtores possam otimizar os resultados. “A questão vai ser eles terem bastante atenção ao câmbio e aos custos da produção. Houve queda nos gastos com insumos por conta de uma redução nacional, mas aumento nas operações agrícolas”, afirma.

A composição dos preços vai depender do resultado de uma análise sobre a produção nos países que concorrem com o Brasil no mercado externo. Por enquanto, nos primeiros dez dias de janeiro a saca custava R$ 63,50. No decorrer desse período houve alta de 2% no valor médio.

Estimativa – De acordo com a Conab, a área plantada com soja em Mato Grosso do Sul é de 2.640,8 mil hectares, 4,7% superior ao da safra passada. A produtividade, no entanto, deve cair 3,1%, de 3,4 mil quilos por hectare para 2,29 quilos por hectare.

A lavoura de soja em Mato Grosso do Sul “se encontra nos estádios de desenvolvimento vegetativo e floração”, conforme nota a Conab. “Na microrregião de Iguatemi, ao sul do estado, onde a soja é plantada mais cedo em comparação às outras regiões produtoras, cerca de 33% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 44% em floração e 23% em frutificação. Já na microrregião do Alto Taquari e Cassilândia, ao norte do estado, atualmente 55% estão em desenvolvimento vegetativo, 41% em floração e 4% em frutificação”, acrecenta. 

 

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