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  • maio 21, 2023

Obra da Ponte Bioceânica supera 20% de execução e secretário prevê inauguração em 2025

Obra da Ponte Bioceânica supera 20% de execução e secretário prevê inauguração em 2025

Com mais de 20% das obras executadas, a ponte da Rota Bioceânica ligando a cidade de Porto Murtinho (MS) a Carmelo Peralta, no Paraguai tem previsão de ser inaugurada no primeiro semestre de 2025. A expectativa é do secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), que esteve neste sábado (20) em Porto Murtinho e representou o governador Eduardo Riedel na primeira edição do Ação Cidadania, evento realizado pelo Sistema Fiems, que prevê mais de 3,8 mil atendimentos gratuitos durante todo o dia.

O secretário também visitou as obras da ponte sobre o Rio Paraguai, obra fundamental da Rota Bioceânica, corredor rodoviário que vai promover a integração geopolítica do Brasil, vai reduzir custos logísticos, tempo de viagem, além de promover novos investimentos em infraestrutura para o Estado, gerar novos empregos, oportunidades no setor de turismo, aumentar a importação e exportação, entre outros pontos.

De acordo com o titular da Semadesc, o governador Eduardo Riedel deve publicar, nos próximos dias, “um decreto para a instituição de um nível de governança a fim de atendermos as demandas da obra, entre elas, algumas pontuais, como a questão da energia elétrica, com acesso trifásico do lado brasileiro, o acesso provisório da ponte e a melhoria na conexão de internet”.

“Hoje visitamos o canteiro de obras da Ponte Bioceânica, onde se vê claramente um avanço mais intenso das obras no lado paraguaio. E essa é uma estratégia da própria construtora que depois vai desenvolver o lado brasileiro. O que nós percebemos claramente primeiro é o andamento do cronograma previsto. Ou seja nós temos aí a previsão que a ponte seja concluída até dezembro de 2024, para que seja inaugurada ainda no primeiro semestre de 2025”, destacou.

Sobre o acesso a ponte do lado brasileiro que terá 15 quilômetros a um custo total de R$ 180 milhões, o secretário adiantou que o governador Eduardo Riedel teve uma reunião recente com o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes) para debater a licitação de acesso a ponte com recurso do Governo federal. “Para este ano já são R$ 95 milhões alocados. Isso é importante para que o Estado consiga conciliar os cronogramas. Nós já estamos no limite de término da ponte na questão da construção do acesso”, frisou.

A ponte internacional que está sendo executada por um consórcio binacional, tem investimento de US$ 85 milhões ou o equivalente a R$ 425 milhões (na cotação do dólar de ontem) da administração paraguaia da Itaipu. A estrutura, de 1.310 metros de comprimento e 20,10 metros de largura, é fundamental para viabilizar a Rota Bioceânica rodoviária, que possibilitará ligar o oceano Atlântico ao Pacífico, no Chile, tendo Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, como ponto de saída do Brasil.

Alfândegas

Durante a visita, Jaime Verruck lembrou que as obras continuam avançando rapidamente na ponte, mas que agora o Estado foca na questão alfandegária. “Percebemos aqui a grande necessidade de agilizar a questão alfandegária. Este é um foco que a Semadesc tem dado neste ano que é a constituição das alfândegas. Fica muito claro que a estrutura alfandegária disponível hoje no Mercosul não é suficiente para dar competividade para a Rota. Então, hoje aqui tivemos disponibilidade de verificar onde será instalada a alfândega. Mas o mais importante disso é que o Estado avance em toda a estruturação legal dessas alfândegas para que possamos pensar em 2025 e 2026 a Rota já operando”, sinalizou.

Sobre a Ação Cidadania no município, o secretário Jaime Verruck destacou que é um evento fundamental para o município. “Hoje em Porto Murtinho observamos a grande necessidade de potencializar a cidade com capacitação de mão-de-obra e cidadania. E este projeto que hoje a Fiems está fazendo a chamada ação global é essencial para que possamos ter sucesso nesta preparação da cidade para os impactos da Rota”, finalizou.

Rosana Siqueira, Semadesc
Fotos: Toninho Ruiz e Fiems

 

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