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  • setembro 22, 2023

Brasil – Nossa Senhora do Pantanal sob o olhar de uma artista carioca

Brasil – Nossa Senhora do Pantanal sob o olhar de uma artista carioca
É carioca – quem diria – a artista plástica que tem feito sucesso no país inteiro pintando Nossa Senhora do Pantanal, ajudando a divulgar a santa que representa a gratidão e a fé do povo pantaneiro. Grace Marinho descobriu a santa quando passeava por Mato Grosso do Sul e logo se encantou com a figura colorida e floral, marcas do seu trabalho. Resolveu pesquisar e ficou apaixonada pela história da santa que surgiu a partir de um sonho da corumbaense Ida Sanches Mônaco e em 2001 e foi reconhecida como padroeira de Corumbá. De volta ao Rio de Janeiro, Grace começou a pintar a sua versão da Nossa Senhora do Pantanal em pingentes (medalhas) de porcelana e para sua surpresa, recebeu encomendas do país inteiro. Nas vésperas do dia da santa,  comemorado no próximo dia 21 (setembro) Grace tem pintado dias e noites para atender os fiéis.
Nossa Senhora do Pantanal surgiu em 1982. Ida Sanches relatou em um documento, que o desejo de homenagear Maria, a mãe de Deus, partia da necessidade de proteção ao pantanal e aos pescadores. Para isso buscou inspiração “na grandiosa harmonia da criação e começou então a edificar uma imagem singela de Maria, que representasse a gratidão desse povo simples e abençoado”. A santa foi batizada pelo benfeitor Dr.Gabriel Vandoni de Barros, como Nossa Senhora do Pantanal e reconhecida pela igreja em 2001, através de Dom Milton Santos. Grace Marinho diz que se sente honrada com a oportunidade de ajudar a difundir a fé em Nossa Senhora do Pantanal;
“Foi uma surpresa maravilhosa descobrir uma santa brasileira que tem em sua imagem traços do meu trabalho, que é uma representação abrasileirada das imagens religiosas, marcado quase sempre por cores fortes, flores e folhas. Ver minha arte ajudando a divulgar Nossa Senhora do Pantanal é como receber uma graça’, diz a artista que usa o nome artistico de Santamenteira. É a partir da sua página no instagram que os pedidos começaram. E só aumentam.

Unir arte e moda, tornando as peças sacras mais alegres, mais “abrasileiradas” fortalecendo a fé, foi a intenção da artista  quando trocou as telas por gesso e porcelana, há cerca de seis anos. Sua releitura contemporânea para imagens de santos, anjos e orixás fez tanto sucesso que a artista criou uma marca, a Santamenteira, para comercializá-las e ter uma assinatura diferenciada da jornalista. Hoje, mais de 500 peças depois, tem São Francisco, Santo Antônio, Santa Sara, Nossa Senhora Aparecida e outros santos e orixás espalhados pelo Brasil inteiro e até fora do país, como Itália, França e Portugal.

O amor pela arte se manifestou em Grace Marinho antes mesmo da paixão pelo jornalismo, área à qual se dedica há 34 anos. Quando entrou na faculdade de Comunicação, aos 17, já gostava de pintar figuras humanas e buscava aperfeiçoamento em cursos diversos. O talento ficou adormecido por décadas até ser despertado quando achou que sua Nossa Senhora das Graças estava ‘triste” num canto do quarto, trajando roupas pálidas e sem graça;_ Não precisa ser assim. A fé é uma convicção alegre, bonita. As peças sacras ocupam um lugar importante nas casas das pessoas, devem levar alegria, cor, representam personagens que carregam histórias de luta, coragem e fé. Como também gosto muito de moda, peguei uma peça de roupa com estampa florida e fiz uma releitura na imagem. Postei na web, e foi um sucesso. As peças foram parar também em decoração de lojas e até no Museu do Caju, em Fortaleza, que ganhou uma Nossa Senhora das Graças estilizada com cajus e no M.E. Atelier, no Centro Histórico de Salvador, onde tem um Santo Antônio estampado com corações vermelhos. Ao contrário das peças decorativas, as medalhas de porcelana pintadas à mão precisam ser fiéis as imagens originais, para que sejam facilmente identificadas, já que são retratadas em 3 ou 4 cm.

Santa Sara, Iemanjá, São José, Oxun, São Francisco, Nossa Senhora das Graças, Santa Terezinha, São Benedito, São Jorge, Nossa Senhora Aparecida, Iansã, convivem pacificamente em seu atelier. E já são tantas histórias bacanas que cada peça traz que até despertam na jornalista a vontade de escrever um livro;

_ Guardo histórias muito legais, algumas com coincidências até difíceis de acreditar que são verdadeiras. A forma como cada uma é recebida, as emoções que despertam e que chegam a mim através de mensagens, áudios e telefonemas emocionados são também gratificantes. É o carinho e a energia boa que vai e volta. E Nossa Senhora do Pantanal é um capítulo à parte nessa história” diz.

Grace Marinho

Coordenador de Imprensa
Núcleo de Imprensa do Governo do Estado do Rio de Janeiro
(21) 98358-0325

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