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  • janeiro 11, 2017

MS, 40 graus: calorão aumenta despesa para uns, mas também lucro certo

“Olha a água geladinha, só R$ 2,50”. O grito do vendedor Jocimar Almeida, de 47 anos, é alívio  para motoristas que circulam pela Via Morena, em Campo Grande.Com sol escaldante e sensação térmica rondando a casa dos 40°C, campo-grandenses afirmam que nas últimas semanas enfrentam verdadeira marona em busca do que amenize o calor e refresque. E se para uns o clima quente virou sinônimo de gasto e privações, para outros tornou-se acréscimo no orçamento.

Seu Jocimar conta que em média são vendidas diariamente 140 garrafinhas com água. Com chapéu de palha na cabeça e roupas leves para enfrentar o calorão, ele circula entres os carros oferecendo seu produto. Se o calor faz muita gente chorar, pra ele as altas temperaturas são só motivo de alegria. “Tem gente que reclama, mas pra mim tá bom. Chego aqui 8 horas e vou embora 17 horas com meu dinheiro no bolso”, declara.

De acordo com o meteorologista Natálio Abrahão, nos próximos o calor tende a piorar. Até o domingo (15) há previsão de altas temperaturas com as máximas acima dos 32 graus em todo Mato Grosso do SUl . Somente no sábado pode ficar mais amena em vista da grande nebulosidade sobre a Capital e parte do leste, sudeste e nordeste do Estado.

Os últimos quatro dias em Campo Grande registraram as mais elevadas sensações térmicas do ano. De sábado (7) até esta terça-feira (10) a sensação foi de 37°C.

Para fugir do incômodo vale de tudo. Desde comprar a água anunciada pelo vendedor Jocimar, até sentar embaixo de uma boa sombra e saborear uma boa garapa. Pelo menos essa tem sido opção bem procurada na garaparia do Dejavan Pereira.

Vendendo em média 40 copos de garapa por dia nas opções R$ 3 e R$ 5, o vendedor se diz feliz com o rendimento nas últimas semanas de intenso calor. “A procura aumentou ao menos 60% na última semana. Com esse calorão o pessoal quer se refrescar de todo o jeito”, relata.

E se o bolso de muitos vendedores comemora, para alguns os dias quentes têm sido de prejuízo. Afinal, a tentativa de manter a temperatura dos dias mais agradáveis nem sempre é barata. Dona Fernanda Souza, de 35 anos, que o diga. “O ventilador é ligado a todo momento quando estamos em casa, banho a toda hora e até a alimentação muda, já que o organismo pede mais líquido”, explica.

Além de procurar locais com sombra para ficar durante o dia, Ilie Simões, de 34 anos, afirma que ultimamente não desgruda do parceiro: o tereré. “Eu, minha esposa e meu filho consumimos pelo menos dez litros de água por dia tomando tereré. É sagrado”, conta.

 

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