- janeiro 24, 2018
Mascote dos Bombeiros há 5 anos, Nego é o gato que brinca até com quati
Ele parece filhote com o jeito miudinho e basta chegar perto que o gato mostra a barriga para receber carinho. Nego tem o mimo de quem foi adotado há 5 anos pela equipe da sede do Corpo de Bombeiros, em Campo Grande.
Apesar da independência, ele gosta mesmo é de ficar perto, andando entre os militares e subindo nos carros. À noite, ainda se arrisca atravessando a Avenida do Poeta, no Parque dos Poderes, para perambular pela mata, mas volta de manhãzinha para receber água, comida e fazer companhia à corporação.
Apesar da preocupação com a segurança, ninguém ousa prender o animal. “Ele já é igual bombeiro, atravessa a rua com segurança, parece que até sabe o momento certo”, conta o cabo Thiago Kalunga, de 34 anos, que acompanha a trajetória de Nego desde que chegou na corporação.
De tão levado, Nego brinca com os cachorros e até os quatis que atravessam a rua. “Dizem que gato é arisco, mas o Nego é diferente. Quando tem família de quati atrás de comida ou passeando pela rua, ele vai andar no meio deles”.
Desde que chegou no prédio, também não deu paz para os pombos. “Essa hora tinha um monte aqui no chão, agora ele não deixa mais nenhum chegar perto”, conta.
Os amigos dividem a conta quando é preciso comprar ração, colocar vermífugo e vacinas em dia. Também decidiram pela castração. “No começo, os homens falaram para não fazer isso com o coitado, mas a gente pensou na segurança e na procriação, já que tem tanto gato abandonado pelas ruas”.
O militar lembra que todo mês há registros de regastes de gatos e cachorros abandonados pela cidade. “Resgatamos em bueiros, árvores e telhados, é comum esse tipo de ocorrência. Na maioria das vezes o animal está perdido. Por isso, a gente resolveu castrar o Nego para não ter filhotes dele por aí”.
Além de Nego, outro mascote recém chegado à corporação é o Pitoco, gato sem rabo, depois de ter sido mutilado quando estava dormindo no motor de um veículo. “Ele é arisco, mas super engraçado, não tivemos coragem de doá-lo”, lembra Thiago.
O carinho aos bichos é tanto que, na imaginação dos militares, ganharam até o uniforme. “Fizemos até uma montagem com a mesma roupinha que os cães usam. Só não mandamos fazer porque gato é independente e não gosta de roupa, mas a gente compartilha nos grupos”, conta.