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  • novembro 7, 2017

Marinha comemora 80 anos do Navio Monitor Parnaíba

O Comandante do 6º Distrito Naval, Contra-Almirante Luiz Octávio Barros Coutinho convida para a cerimônia de comemoração dos 80 anos do Navio Monitor Parnaíba, a ser realizado na sexta-feira (10), às 10hs, no próprio Navio que estará atracado no Cais da Base Fluvial de Ladário.

Histórico

O nome Parnaíba já foi utilizado como nome de batismo de navios pela Marinha do Brasil por cinco vezes.

O primeiro dos navios, uma lancha-canhoneira, lutou pelo Império contra os insurgentes na revolta conhecida como “Balaiada”, no Maranhão, entre os anos 1838 e 1841, incorporada à Força Naval comandada pelo então Capitão-Tenente Joaquim Marques de Lisboa, mais tarde Almirante e Marquês de Tamandaré, patrono da MB.

O segundo Parnaíba, uma canhoneira a vapor, foi incorporado em onze de junho de 1859, mesma data que alguns anos mais tarde seria marcada pela Batalha Naval do Riachuelo, combate do qual tomou parte integrando a 3º Divisão Naval da Esquadra, sob o Comando do Almirante Barroso. Foi no seu convés que se registraram as cenas heróicas e os atos de bravura do Guarda-Marinha Greenhalgh e do Imperial Marinheiro Marcílio Dias.

O terceiro navio a ostentar o nome foi uma corveta mista, incorporada em 1879 e que teve como Comandante, dentre outros, o então Capitão-de-Fragata Luís Filipe de Saldanha da Gama. A dezesseis de novembro de 1889, coube à Parnaíba transportar, em parte da viagem, a família imperial brasileira, banida do país pela implantação da República.

O quarto navio batizado Parnaíba, um cruzador auxiliar, serviu à Marinha do Brasil somente entre agosto e novembro de 1917, sendo logo desincorporado e passando a frota da Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro. Anos depois, porém, em maio de 1942, foi torpedeado e afundado, vítima da campanha submarina alemã na Segunda Guerra Mundial.

Assim, os Parnaíba tiveram seus nomes marcados pela participação em combate ou como palco para importantes momentos da história de nosso país.

Não é diferente com o quinto Parnaíba. Construído no Arsenal de Marinha da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro, o Monitor Parnaíba completa hoje 71 anos de bons serviços prestados à Marinha do Brasil.

Projetado exclusivamente por brasileiros, marcou a retomada da construção naval do nosso País no século XX. Teve sua quilha batida em onze de junho de 1936, pelo então Presidente da República Getúlio Dornelles Vargas, sendo batizado e incorporado à Armada em seis de novembro de 1937, na cerimônia em que teve como madrinha a Sra. Darcy Sarmanho Vargas, Primeira-Dama do País. Em nove de março de 1938, transferia sua subordinação à Flotilha de Mato Grosso.

Ao longo destes 71 anos, testemunhou inúmeros feitos e fatos relevantes da nossa história. Em abril de 1943, foi desincorporado da Flotilha de Mato Grosso, passando a integrar a Força Naval subordinada ao Comando Naval do Leste, com sede em Salvador (BA), para escoltar navios e patrulhar o porto. Durante a Segunda Guerra Mundial, realizou a escolta de seis comboios e a proteção de navios de guerra norte-americanos, além de operações anti-submarino, com o lançamento de bombas de profundidade.

Foi desligado do Comando Naval do Leste em vinte de dezembro de 1944, no porto de Vitória, passando a ficar subordinado diretamente ao Estado-Maior da Armada. Em 25 de maio de 1945, após 3.570 milhas navegadas e 24 dias de mar em operações de guerra, foi reincorporado à Flotilha de Mato Grosso, sediada em Ladário (MS).

Em janeiro de 1998, iniciou-se um Período de Modernização, que duraria cerca de um ano e meio. Quando completou 62 anos de incorporação, em seis de novembro de 1999, deu-se inicio ao seu novo ciclo de vida, pois, modernizado, passou a dispor de maior mobilidade, flexibilidade, autonomia e eficácia, graças à modificação de suas plantas propulsora, de governo e de geração de energia, à modernização de seus sensores e equipamentos de comunicações, à substituição dos antigos canhões de 40/60 pelos canhões Bofors 40/70, provenientes da Fragata Liberal, e também à instalação de um convés de vôo, proporcionando-lhe o título de navio de 3º classe com o maior poder de fogo e o único a transportar aeronave orgânica na área do Pantanal.

O “Caverna Mestra da Armada” é um veterano que continua em plenas condições operacionais, participando de operações no ambiente ribeirinho, patrulhas, assistências cívico-sociais, comissões de representação militar, operações SAR e com aeronaves.

 

Fica registrada nossa homenagem ao Navio e a todos aqueles que guarnecem a fronteira Oeste do nosso País.

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