- novembro 13, 2017
Expedição Centenária – F. Coimbra – Corumbá I
09.08.2017: O excelente jantar oferecido pelo Cmt da 3° Cia Fron, Capitão Glauco Viana Coitinho, aos membros da Expedição Centenária demonstrou, mais uma vez, o apoio e a cortesia com que o Exército Brasileiro nos tem distinguido.
Iniciamos às 07h30, depois do café, na Casa de Hóspedes da 3° Cia Fron, nosso deslocamento do Forte Coimbra ao Porto Manga. O amanhecer, no Rio Paraguai, era mágico, a exuberância da flora diversificada ganhava um tom especial realçado pelas flores violetas das inúmeras piúvas ([1]). A fascinante paisagem mergulhava nas águas serenas do Rio refletindo um cenário fantástico que lembrava uma fina renda entretecida pelas mitológicas náiades ou ainda um mimoso ñanditu ([2]) criado pelas mãos hábeis das artesãs paraguaias.
A navegação transcorria com muita tranquilidade e conforto, à bordo da “Calypso”, graças a amabilidade e competência de sua tripulação. Além dos expedicionários originais, Dr. Marc Meyers e Cel Angonese, contávamos nesta etapa com um reforço importante na equipe proporcionado pelo Dr. Timothy Radke e sua querida esposa Judith Radke de San Diego, Califórnia, USA, bem como do Coronel José Francisco Mineiro Júnior, pesquisador do Exército.
Por volta das 15h00, cruzamos pela magnífica Ponte Ferroviária Presidente Eurico Gaspar Dutra. A construção da ponte que teve início no dia 01.10.1938 e foi concluída nove anos mais tarde contou com a participação de 2,1 mil operários. Sua inauguração, no dia 21.09.1947, contou com a presença do General Eurico Gaspar Dutra, então Presidente da República, que emprestou seu nome à obra de arte. A Ponte Ferroviária faz parte da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (FENOB). A capacidade da ponte foi calculada para trens de 27 toneladas por eixo (TB 27) e é constituída por arcos de distintos vãos, sendo o maior deles o arco sobre o talvegue comum comprimento de 110 m e um tirante de ar ([3]) de 21 m acima do nível normal do Rio Paraguai e de 14 m relativo à maior cheia observada desde 1905, permitindo a passagem a todos navios que trafegam na Hidrovia do Rio Paraguai.
O periódico “O JORNAL”, do Rio de Janeiro, do dia 23.09.1947, publicou:
Inaugurada sobre o Rio Paraguai a maior ponte do continente, que servira à ligação Brasil-Bolívia ‒ 23.09.1947
CORUMBÁ 22 (A. N.) ‒ Um dos espetáculos mais imponentes a que assistimos, na tarde de anteontem, nesta, próspera cidade, foi a espontânea e ruidosa manifestação que o povo corumbaense prestou ao Presidente Eurico Gaspar Dutra, na Praça da Independência.
Nesta atmosfera de civismo, a Presidente de República depositou uma coroa de flores no pedestal da estátua do Marechal Antônio Maria Coelho, herói da batalha que resultou na retomada da cidade de Corumbá das mãos dos paraguaios, em 1865. […]
Ao Longo do Rio Paraguai
A viagem do Presidente da República ao Rio Paraguai, repercute no seio da população deste pedaço do Brasil, onde é gritante o contraste entre a exuberância da natureza e a carência de povoamento, como a confirmação do desejo do primeiro mandatário do País em querer equilibrar a vida econômica de Mato Grosso, restaurando a vitalidade dessa unidade federativa que o viu nascer ([4]).
Neste sentido, aliás, foi bastante significativo o gesto do Chefe do Governo, quando, em Corumbá depois de prestar uma homenagem ao herói da retomada da cidade aos paraguaios, fato verificado em 1865, que plantou, sob verdadeiro delírio de aclamações, uma muda de uma grande árvore, que futuramente, se erguerá frondosa e acolhedora, crescendo, na razão direta do progresso mato-grossense hoje anunciado pelo Presidente da República.
Em Porto Esperança
A BORDO DO MONITOR “PARNAÍBA”, SOBRE O RIO PARAGUAI, 22 (A. N.) ‒ Após oito horas de viagem o “Parnaíba” está chegando a Porto Esperança.
A ponte que vai ser inaugurada pelo Presidente Dutra. Estende-se sobre o Rio banhado de Sol, atraindo a curiosidade dos que a divisam. O General Dutra contempla-a através do binóculo do Comandante do navio, tecendo comentários com o Almirante Lobato Aires, que comanda o Distrito Naval com base em Ladário. A ponte é uma caprichosa obra de engenharia e tem uma grande significação, pois ligando as suas margens em território nacional, aproxima igualmente dois grandes oceanos: o Pacífico e o Atlântico.
Sob a Ponte “Eurico Dutra”
Assim que o “Parnaíba” passou sob a ponte “Presidente Eurico Dutra”, fogos espocaram no ar.
Porto Esperança se acha engalanada para receber o Chefe do Governo. A unidade da nossa Marinha de Guerra que conduz o Presidente Dutra, já diante de Porto Esperança, reduz a marcha a fim de aguardar outra embarcação que trás o Ministro da Viação e demais membros da comitiva.
O Que é a Ponte
O Chefe de Governo, em ato a que estiveram presentes altas autoridades da República, inaugurou solenemente, a ponte Internacional “Presidente Eurico Gaspar Dutra”, sobre o Rio Paraguai. […] Acompanhado dos membros de sua comitiva, o Presidente da República chegou sob aclamações ao local, declarando pouco depois inaugurada a importante obra que deverá desempenhar um grande papel no tráfego internacional do futuro, nesta região, com os trabalhos que se ativam na Estrada de Ferro Brasil-Bolívia, para a ligação trans-continental Santos-África.
A ponte é toda de cimento armado e do tipo mais moderno e de rara beleza. A grande obra possui, no canal do Rio, para, permitir a navegação, 25 m de altura acima do nível das cheias, e para conseguir tal altura foram construídos dois grandes viadutos inclinados sendo um de ascensão e outro de descida.
2.000 Metros de Comprimento
Seu comprimento total é de quase 2.000 m, dos quais 900 constituem o viaduto de acesso do lado do Porto Esperança, com 4 arcos de 90 m e um de 110 m no leito do Rio, sendo mais de 500 m de descida nos patamares da margem direita do Paraguai, onde prosseguirão os trilhos da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil rumo a Corumbá e ligação à E. F. Brasil-Bolívia, consubstanciando o velho sonho dos dois povos irmãos. A FENOB passará, com a inauguração da “Ponte Presidente Eurico Dutra”, a desempenhar função da maior relevância, cooperando no setor ligado aos transportes nacionais, evidenciando-se do mesmo modo a ação dos nossos homens públicos, no empenho de servir cada vez melhor aos interesses do Brasil. (O JORNAL, n° 8.405)
09.08.2017: Passamos, às 18h00, pela Ponte Poeta Manoel de Barros ([5]), localizada no Porto Morrinho, que faz a ligação de Corumbá e Ladário ao restante de Mato Grosso do Sul, através da BR-262. A ponte tem 1.890 m de extensão e vão central de 110 m de altura. A programação era pernoitar na Foz do Miranda, mas, com pane seca a vista, combinamos ancorar à jusante do Porto Manga (19°15’28,75”S/57°14’06,05”O), onde poderíamos abastecer.
10.08.2017: Depois do café, percorremos a BR-228 (Estrada Parque) ([6]), uma trilha aberta por Rondon no final do século XIX, das 06h00 às 10h30, um bom exercício aeróbico para uma Expedição extremamente sedentária como a nossa. O Dr. Marc fez questão de levar o crânio de um jacaré morto e os demais expedicionários fotografaram alguns poucos animais ao longo da rodovia. O grupo era barulhento demais e assustava a fauna e no retorno resolvi ir à frente e, graças a essa medida, avistei um grupo de filhotes de jacaré. Aguardei a equipe e apontei para o Dr. Timothy Radke aonde se encontravam os pequeninos. Na volta da Estrada Boiadeira, o Comandante Elierd, que nos aguardava com a voadeira, comunicou-nos que uma equipe do 17° B Fron (Corumbá) comandada pelo Sgt Langue nos aguardava em Porto Manga para apoiar-nos no deslocamento pela BR. Uma falha na comunicação que acarretou um deslocamento desnecessário de uma viatura militar. Aproveitamos para visitar o posto telegráfico construído por Rondon em palafita que resiste heroicamente até os dias de hoje.
Partimos para Corumbá, por volta das 11h00, aonde chegamos à noite. O “Calypso” ancorou no porto do 17° B Fron e pernoitamos à bordo, a agenda para o dia seguinte era intensa e precisávamos estar em forma para enfrentá-la.
11.08.2017: Após o café fomos apresentados ao Comandante do 17° Batalão de Fronteira Tenente Coronel Niller André de Campos que nos apresentou o Ten Agnaldo José Heleodoro de Arruda nos levou até o Forte Junqueira (Forte da Pólvora) O seu nome homenageia o então Ministro da Guerra, Dr. João José de Oliveira Junqueira, que foi quem determinou sua construção. Em alvenaria de pedra argamassada, apresenta planta no formato de um polígono octogonal, com seis ângulos salientes e dois reentrantes, e seis canhoneiras. O Ten Heleodoro é outro historiador que também diverge da localização apontada por alguns para o Porto Canuto ([7]).
Relatos Pretéritos do Forte Junqueira
João Severiano da Fonseca (1880)
Cinco Fortins defendem Corumbá pelo lado do Rio e uma cortina por terra. Concluídos uns na administração do Sr. Conselheiro Tenente-coronel Francisco José Cardoso e outros na do General Hermes, receberam a denominação de S. Francisco e de Junqueira, em honra do Presidente e do Ministro da Guerra, estes os de Conde D’eu, Duque de Caxias e Major Gama, este em homenagem ao, hoje Ten-Cel, o Sr. Dr. Joaquim Gama Lobo d’Eça, o modesto e distinto engenheiro que os planejou. (FONSECA)
Augusto Fausto de Sousa (1885)
Presídio fundado, em 1778, por ordem do governador Luiz de Albuquerque, na margem direita e acima de Nova Coimbra e em honra ao Governador teve o nome do Albuquerque Velho. Ocupado pelos Paraguaios em 03.01.1865, foi por eles fortificado com trincheiras regulares armadas com 6 canhões, e aí se mantiveram até junho de 1867. No dia 13 desse mês foi tomada de assalto pelo 1° Batalhão Provisório comandado pelo Major Antonio Maria Coelho, tendo sido tão enérgica a defesa, que ficaram mortos todos os oficiais paraguaios e quase todos os soldados, excetuando apenas os 27 prisioneiros, e esses mesmos feridos.
Esta vitória trouxe o grande resultado da evacuação dos pontos do São Joaquim, Pirapitangas, Urucu e Albuquerque, que com outros anteriormente abandonados constituíam o Distrito Militar do Alto Paraguai. Evadida a posição pelas forças brasileiras por causa do flagelo da bexiga, foi novamente ocupada por paraguaios em 8 do julho até abril de 1868, em que de uma vez a abandonaram. Terminada a guerra foram planejadas novas fortificações pelo Major Joaquim da Gama; e segundo comunicações oficiais, compõe-se ela de uma linha contínua com baluartes cobrindo a vila, com proporções para admitir 60 canhões, e o Forte do Limoeiro, à margem do Rio, uma milha abaixo da Vila, cruzando fogos na direção do canal com os Fortins São Francisco, Junqueira, Conde d’Eu, Duque de Caxias e Major Gama, construídos durante as administrações do Coronel Cardoso e Brigadeiro Hermes. A posição é excelente, o porto capaz de receber naus, e as Fortificações bem delineadas; é pena porém, diz o Dr. João Severiano n sua Viagem ao redor do Brasil, que só se limpe o mato, que nelas cresce, quando se espera a visita do Presidente e autoridades da Província. (RIHGB – XLVIII – II, 1885)
O Ten Heleodoro, nosso dileto historiador, conhece muito bem o contexto histórico em que se processou a construção do Forte Junqueiro e dos eventos que se sucederam. O Ten Cel Niller, mais tarde, homenageou-nos com uma emocionante Formatura Matinal. Estático, visivelmente emocionado, com os olhos a marejar, relembrava os velhos tempos em que tive a honra de envergar, orgulhoso minha segunda pele ‒ a farda verde-oliva. O Comandante e fez-me a entrega, como oficial mais antigo da Expedição, de uma bela recordação que, por dever de justiça, repassei ao Dr. Marc Meyers, idealizador da Expedição Centenária.
Ainda na parte da manhã os membros da Expedição fizeram uma apresentação, no 17° B Fron, a respeito dos objetivos, dificuldades e sucessos enfrentados pela Expedição Centenária, em 2014, na complexa navegação do Rio Roosebelt, em 2015, na versátil jornada de Cáceres à Vilhena em que empregamos voadeiras, mulas, viatura além de realizar uma extenuante marcha a pé bem diferente da etapa que ora realizamos em uma confortável embarcação regional. O almoço foi servido na Casa de Pedra do 17° B Fron, com direito a música ao vivo e uma visão panorâmica do Rio Paraguai e do Pantanal que se estende por uma bela planície aluvial desmedidamente vasta onde se sobressai o Morro do Sargento.
À tarde fizemos uma visita à Casa de Cultura Luiz de Albuquerque onde tive a oportunidade de emcontrar a placa de bronze, com uma inscrição alusiva, que Rondon mandara colocar em homenagem ao Tenente Horta Barbosa no passo da “corixa ([8]) do Saran”, em que ele perecera afogado. Rememoremos:
Alferes-Aluno Frederico Bueno Horta Barbosa
Nos fastos das Comissões Rondon, basta que se chame “Horta Barbosa”, para que seja digno de toda a reverência, não só como caráter e competência, como pelos méritos de trabalhador infatigável e inteligente. A sua morte ocorreu em circunstâncias trágicas e há quem a decline como uma demonstração da força do destino e da teoria do fatalismo. A verdade é que foi ele vítima do altruísmo que pregava e praticava, como fervoroso adepto das doutrinas de Augusto Comte.
Ofereceu-se para substituir o engenheiro seu colega, escalado para serviços em zona de corixas e pantanais, à margem do Rio Paraguai, com a magnânima preocupação de que esse colega não sabia nadar e correria risco de se afogar. Obtido o consentimento do Chefe para essa troca, marchou ele com a sua turma de soldados ao primeiro clarão do dia; quando, porém, o crepúsculo da tarde começava a apagar a luz do Sol, o destino implacável apagava também a preciosa vida desse destemido e dedicado lutador.
Fazia-se, por essa ocasião, a linha telegráfica que ligou Corumbá, e os trabalhos, normalmente acelerados pela própria orientação de Rondon, haviam tomado uma febre de velocidade proporcional ao “tour de force” imposto pelo governo e que foi levado a termo: a inauguração da linha em 01.01.1904, para atender a injunções prementes da política internacional. No relatório apresentado pelo Chefe da Comissão, eis como é referido o doloroso acontecimento:
Por determinação minha, seguira, no dia 01.12.1903, do acampamento à margem direita do Paraguai para o interior, o Alferes-aluno Francisco Bueno Horta Barbosa com uma turma de praças, a fim de completar a distribuição de postes entre as corixas Saran e Areão. Tendo-se dado o extravio, nas águas de uma Baía próximo do Saran, de um dos postes que eram arrastados por meio de carretão, o Alferes-aluno Horta Barbosa deixou aí alguns praças incumbidos de retirar o poste do fundo da Baía, enquanto pessoalmente ia verificar quantas estacas estavam ainda sem poste, prometendo voltar sem demora.
Até escurecer, como não houvesse regressado o Alferes-aluno Horta Barbosa, resolveram os praças ir pernoitar no capão que lhes servira de pouso no dia anterior e que era o único, nas circunvizinhanças, que não estava submerso. Ao amanhecer do dia seguinte, de novo vieram os praças à citada Baía, não encontrando aí o oficial. Seguiram então até a corixa Saran, que encontraram totalmente cheia, em consequência das copiosas chuvas dos dias anteriores. Próximo à corixa achava-se, apenas com o cabresto, o animal que servira de montaria do oficial. Trouxeram os praças o referido animal até a corixa, examinaram o passo e aí encontraram dentro da água os arreios de uso do oficial. Todas estas circunstâncias lhes causaram as mais sérias apreensões, e como não pudessem passar a corixa, para indagar da turma da frente acerca do paradeiro do oficial, esperaram por ela que, tendo notícia do ocorrido, declarou não o ter visto. Procedendo todos a novo exame do local, nenhum vestígio foi notado de haver o Alferes Horta Barbosa, a pé ou montado, transposto a corixa.
Ficou assentado que de tudo fosse feita comunicação ao Chefe da segunda Seção, Capitão Ávila, que tendo disso conhecimento na noite do dia quatro, enviou, na mesma ocasião, dois praças e um guia do pantanal para, no local indicado, efetuar as necessárias pesquisas, no sentido de descobrir o destino do referido oficial.
No dia seguinte, ao meio-dia, tendo já regressado ao acampamento aqueles praças, com a comunicação de terem encontrado, no fundo do passo da corixa Saran, o esqueleto do Alferes Horta Barbosa, cuja identidade foi reconhecida pelo seu vestuário e vários objetos que lhe pertenciam, expediu o Capitão Ávila um Praça, portador de um ofício em que participava o doloroso acontecimento e, ao mesmo tempo, providenciou no intuito de ser removido o mesmo esqueleto para o acampamento, onde chegou nesse dia à tarde.
Logo após, foram inumados ([9]) provisoriamente, os restos mortais do prezado companheiro na praça do acampamento. Havia eu partido para o acampamento da primeira Seção e me achava em marcha daí para a estação telegráfica provisória, instalada na Fazenda do Paraíso, quando recebi a triste comunicação do Capitão Ávila. Sem demora, parti para o acampamento da segunda Seção e aí providenciei a remoção do inditoso oficial para Corumbá, em cujo cemitério foi definitivamente inumado.
Chegando a este acampamento, mandei proceder a inquérito policial-militar entre os Praças que faziam parte das turmas sob a chefia do Alferes Horta Barbosa. Desse inquérito, nada resultou que esclarecesse tão lamentável desastre, ficando, entretanto, averiguado que nenhuma culpabilidade havia da parte dos Praças. No passo da corixa do Saran, em que ele perecera afogado, mandei colocar uma placa de bronze com uma inscrição alusiva ao lamentável acontecimento. (MAGALHÃES, 1942)
Depois da Casa de Cultura visitamos o Hotel Galileu que Roosevelt cta textualmente que “dirigido por um italiano, era tão confortável quanto possível – chão ladrilhado, teto alto, grandes portas e janelas, um pátio descoberto e fresco e banho de chuveiro”.
A seguir fizemos uma breve incursão à Bolívia, onde os Dr. Marc e Timothy compraram algumas garrafas de vinho para abastecer a adega do Calypso. A visão das ruelas imundas não era nada agradável e os bolivianos só nos tratavam com uma afetada e falsa simpatia quando nos propúnhamos a comprar algo.
À noite, os desbravadores fizeram uma apresentação da Expedição na UFMS.
Fontes:
FONSECA, João Severiano da. Viagem ao redor do Brasil 1875-1878 (Tomo I) – Brasil – Rio de Janeiro – Tipografia de Pinheiro & C., 1880-1881.
MAGALHÃES, Amílcar A. Botelho de. Impressões da Comissão Rondon – Brasil – Rio de Janeiro – Companhia Editora Nacional, 1942.
O JORNAL, n° 8.405. A Maior Ponte do Continente ‒ Brasil ‒ Rio de Janeiro ‒ O Jornal, Terça-feira, n° 8.405, 23.09.1947.
RIHGB – XLVIII – II, 1885. Fortificações no Brasil ‒, Augusto Fausto de Sousa – Brasil – Rio de Janeiro – RIHGB, Tomo XLVIII, Parte II, 1885.
(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
Sócio Correspondente da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER)
Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS);
Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
E-mail: hiramrsilva@gmail.com;
Blog: desafiandooriomar.blogspot.com.br
[1] Piúva (Handroanthus impetiginosus): árvore ornamental também conhecida como Ipê-roxo ou pau-d’arco. Sua floração ocorre de maio a agosto período em que perde todas as folhas. As flores, que vão do rosa ao lilás, duram poucos dias e servem de alimento para os insetos polinizadores, aves e macacos.
[2] Ñanditu (teia de aranha): bordado muito delicado de origem paraguaia que utiliza motivos geométricos e zoomorfos.
[3] Tirante de ar: vão livre que permite a passagem das embarcações.
[4] O Presidente Eurico Gaspar Dutra nasceu, no dia 18.05.1883, em Cuiabá, Mato Grosso.
[5] Ponte Poeta Manoel de Barros: Lei 4.685, de 15.06.2015 ‒ Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul.
[6] Estrada Parque Pantanal (EPP), também conhecida como Estrada da Integração, Estrada Boiadeira ou Estrada da Manga.
[7] Marco simbólico do fim da Retirada da Laguna, antes dos retirantes seguirem para Cuiabá.
[8] Canal por onde se escoam as águas dos lagos, brejos ou várzeas.
[9] Inumados: enterrados.
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