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  • agosto 10, 2022

Carne com sabor do “terroir” pantaneiro é destaque em festival

Carne com sabor do “terroir” pantaneiro é destaque em festival

 

Carne com sabor do “terroir” pantaneiro é destaque em festival

Estação da associação de pecuária orgânica e sustentável do pantanal comandada por “chefs” internacionais apresentou receitas feitas com a carne pantaneira

No último fim de semana, a Associação Brasileira de Pecuária Orgânica e Sustentável (ABPO) participou junto com a Biocarnes do Festival da Carne de Mato Grosso do Sul, na Estação Ferroviária, em Campo Grande MS. Com um público diário de mais de cinco mil pessoas, o evento trouxe diversas formas de preparo de proteína animal.

“O Festival da Carne de MS é a valorização da nossa produção local, do sabor, da gastronomia, da miscigenação e da cultura. Esse evento teve um sabor especial, pela celebração dos 123 anos de Campo Grande e, tudo acontece graças a união de esforços de marcas e entidades,  como a ABPO, que acreditaram nesse sonho. Agradecemos aos parceiros, patrocinadores, chefs e assadores e esperamos em breve realizar outra edição desse evento que já se consagra como a representação da gastronomia sul-mato-grossense” disse uma das organizadoras do evento, Marcia Marinho.

Na “Estação ABPO/Biocarnes” a estrela foi a carne orgânica e sustentável pantaneira. Quem abriu o festival foi o macarrão de comitiva orgânico do chef Paulo Machado, no sábado, a chef Bruna Lopes trouxe o fettucine de ragu de ossobuco com a carne pantaneira e fechando o festival, o chef Sylvio Trujillo preparou um locro paraguaio com cupim oreado e carne de ossobuco também do pantanal.

“O evento foi incrível, muito honrado não somente em participar mas principalmente por representar um produto com tanto contexto quanto a carne orgânica do nosso Pantanal.

A carne é muito macia, o feedback dos clientes foi extremamente positivo e  somado a um bom processo culinário garantiram satisfação. Importante salientar que o manejo sustentável e orgânico visa a qualidade de vida do animal e do bioma que ele ocupa.  Nós da região sabemos que o boi e o Pantanal co-existem desde a colonização da região, sendo assim, a trajetória do produto até seu consumidor final merece muita atenção e respeito” apontou o chef Sylvio Trujillo, um dos chefs participantes do evento, Sylvio foi vencedor da etapa estadual do Dolmã e está concorrendo a etapa nacional ao prêmio que é o Oscar da Gastronomia, podendo lhe conceder  o direito de ser embaixador da gastronomia sul mato-grossense.

Para o presidente da ABPO, Eduardo Cruzetta, o evento é uma oportunidade para que a sociedade se conecte com a produção pantaneira. “Uma carne proveniente de animais produzidos a pasto em um sistema natural de produção, em sinergia com o pantanal. Um segmento de mercado dentro do nicho das carnes Premium. É também uma oportunidade para o consumidor valorizar e premiar este sistema produtivo utilizado e certificado, que garante sustentabilidade e harmonia com o meio ambiente”enfatiza cruzetta.

Atualmente existe em Campo Grande uma casa de carne que certifica e realiza a desossa da carne oriunda do Pantanal, a Biocarnes. Para o sócio diretor da empresa, Leonardo Barrros, o festival é também uma forma da sociedade entender que a carne produzida no bioma pantaneiro é um produto em total consonância com a natureza e com a conservação.

“É a única carne sul matogrossense que tem realmente a origem certificada no pantanal. A pecuária brasileira é um sucesso, e o pantanal está mostrando ao mundo que pode fazer uma carne absolutamente especial, eu to falando de ”terroir”, de qualidades sensoriais, de uma carne de um animal que come pastagem nativa só encontrada no pantanal”, explica Leonardo.

Atualmente o pantanal conta com um rebanho aproximado de 10 mil cabeças de bovinos produzidos de forma orgânica e sustentável. Um animal que está em consonância com as demandas atuais da sociedade.

“São carnes de propriedades que conseguem fazer um produto diferenciado, jovem e vindo de fazendas com reservas legais, atendendo as legislações brasileiras. É uma carne de um animal que foi investido em sua genética  e num festival como esse, a sociedade tem a oportunidade de experimentar vários cortes e receitas com a verdadeira carne verde brasileira que demanda o que a sociedade quer da nossa pecuária”, aponta o presidente da Associação Sul Mato Grossense de Novilho Precoce, Rafael Gratão.

 

 

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