- janeiro 13, 2023
Arraia dá à luz no Bioparque e mostra que os padrões no local estão adequados para reprodução
A mais nova mamãe do maior aquário de água doce do mundo é uma arraia da espécie Potamotrygon amandae. O nascimento dos três filhotes foi uma alegria para os profissionais responsáveis pelos animais do complexo e é resultado do trabalho de conservação, um dos pilares do Bioparque Pantanal.
Mamãe e “bebês” passam bem e estão em quarentena sob os cuidados da equipe de manejo. O nascimento foi registado no dia 5 de janeiro deste ano e entra para a conta de 28 reproduções no local. “É uma realização ver o resultado do nosso trabalho, é uma resposta positiva de que estão bem e com energia para se reproduzirem”, destaca a bióloga-chefe do Bioparque, Carla Kovalski.
Em outubro do ano passado foi divulgado no Instagram do complexo um vídeo do ultrassom realizado em diversas arraias, exame que faz parte da rotina, e a surpresa foi revelada, uma delas estava grávida. “A partir daí começamos a monitorar a fêmea até o dia do nascimento dos filhotes”, explicou a bióloga.
Ainda segundo Carla a reprodução de um animal mostra que os padrões de bem-estar estão adequados e que o animais se sentem seguros e com energia para deixar descendentes. Por enquanto os animais não serão transferidos para o tanque Neotrópico, onde ficam as arraias do Bioparque, mas daqui dois meses serão levadas para o novo lar.
Monitorados diariamente, os filhotes se alimentam toda tarde de filé de peixe e a água tem temperatura entre 26 e 28 graus. Os pequenos nasceram com aproximadamente 10 centímetros e estão em fase de crescimento. Essa espécie pode chegar a até 38 centímetros, sem contar com a cauda.
Para a diretora do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri a conservação é um pilar importante e que já apresenta resultados positivos que reforçam o cuidado com o meio ambiente. “Já reproduzimos espécies ameaçadas de extinção e agora tivemos essa linda notícia do nascimento das arraias. Realizamos um trabalho de excelência voltado a reprodução de espécies no Bioparque, e a importância desse trabalho é que nos levou a implantar o Centro de Conservação de Peixes Neotropicais- CCPN-Bioparque Pantanal, espaço voltado exclusivamente para esse fim. “
A Diretora ressalta ainda que “os resultados positivos alcançados com as reproduções demonstram a seriedade que tratamos as questões relacionadas ao bem-estar animal e aos adequados parâmetros de água dos tanques que abrigam nosso plantel”.
Rosana Lemes, Bioparque Pantanal
Foto: Eduardo Coutinho