- novembro 20, 2017
Militares de Campo Grande ajudam em buscas a submarino na Argentina
Total de 18 militares do Esquadrão Pelicano, da Base Aérea de Campo Grande, estão ajudando nas buscas ao submarino ARA San Juan, que desapareceu na última quarta-feira (15) com 44 pessoas a bordo, na Argentina. A tripulação embarcou para o país vizinho na tarde deste sábado (18), a bordo de uma aeronave SC-105 Amazonas, equipada com sensores de última geração.
O avião e a tripulação escalada – 4 pilotos, 2 mecânicos, 4 FITS (Fully Integrated Tactical System), que operam o flir e o radar, e 8 observadores visuais – irão operar a partir de uma base aeronaval Comandante Esporaem Bahía Blanca, sul da Argentina.
O Esquadrão Pelicano – 2º/10º GAV (Grupo de Aviação), sediado na Ala 5, na Capital, é um dos mais antigos da Força Aérea Brasileira. Voltado à missões de busca e salvamento, completará 60 anos em dezembro de 2017.
O Ministério da Defesa divulgou que também três navios da Marinha ajudam nas buscas e que outro avião da FAB, o P-3AM Orion, específico para missões de patrulha marítima, será encaminhado ao local.
O último contato feito pelo submarino militar foi realizado na manhã de quarta-feira, quando estava a 432 quilômetros da costa patagônica, no sul da Argentina.
O Governo argentino comunicou que, no sábado, foram detectadas sete chamadas telefônicas via satélite que falharam e que podem ser tentativas de contato feitas a partir do submarino.
As buscas feitas pela Argentina têm apoio de Estados Unidos, Peru, Chile, Uruguai e Reino Unido.
Última geração – Incorporada à FAB em agosto deste ano, o FAB 6550, conhecido como SC-105 SAR, sigla do inglês Search and Rescue, foi acionado porque possui modernos itens que auxiliam na busca e resgate, como radar com abertura sintética, imageamento por infravermelho e integração de sistemas.
O radar da aeronave tem capacidade de monitorar em 360 graus e simultaneamente até 640 alvos em um raio de 200NM (370 km). Pode detectar alvos tão pequenos quanto um bote e acompanhá-los em movimento na superfície com até 75kts (139 km/h). Além disso, pode captar imagens com resolução de até um metro quadrado dentro de uma área de 2,5km x 2,5km.
O sistema eletro-óptico infravermelho, que permite operação por 24 horas, tem a versão mais recente da câmera FLIR (Forward Looking Infra-Red). Além de registrar imagens coloridas, pode aproximá-la em 18 vezes e operar em ambiente de baixa luminosidade.
O modo de operação em que o sensor de infravermelho é usado conta ainda com zoom de 71 vezes e funciona detectando o contraste termal, ou seja, por diferença de temperatura. Consegue gerar uma imagem independente da luz ambiente e o sistema pode gravar até seis horas de imagens.